Resultado dos Inquéritos

 

     A maioria dos inquiridos (cerca de 62%) tem a idade de 16 ou 17 anos, o que se explica pelo facto de este inquérito ter sido realizado numa escola do ensino secundário, razão pela qual as pessoas inquiridas com outras idades também não se afastam muito desta idade.

 

     A maior parte dos inquridos (cerca de 56%) pertence ao sexo masculino.

 

 

     Cerca de 70% dos inquiridos mostra-se favorável à despenalização do aborto, o que pode indiciar que as gerações mais jovens têm uma mentalidade mais "aberta" que a dos seus ascendentes.

 

     Cerca de 64% dos inquiridos acham adequado o limite actual para a realização do aborto, enquanto os restantes consideram desajustado (ou por ser demasiado longo ou demasiado curto).

 

    Relativamente ao limite legal, a maior parte das pessoas (cerca de 53%) considera que o Estado deveria impor um limite numérico para a realização do aborto, o que dá para perceber que apesar de uma certa permissividade em relação à realização do aborto, os inquiridos julgam que devem ser impostos limites para não haver "abusos".

 

      Quase 61% dos indivíduos questionados não conhecem ninguém que tenha feito o aborto, o que revela ainda assim que o aborto não é tão "raro" como à primeira vista pode parecer.

 

     Com a observação do gráfico concluimos que não há um consenso acerca da opção a tomar em caso de gravidez indesejada. Porém, pelo lado do "sim" há maior aceitação, com 50% dos inquiridos, contra 39% que consideram provável a opção pelo "não".

 

     Uma percentagem elevada dos inquiridos, 72%, defende uma decisão partilhada, enquanto 27% considera que a decisão está depende do tipo de relação existente, sendo pouco representativa a percentagem de pessoas que defendem que a decisão deve ser da exclusiva responsabilidade da mulher.

 

     A quase totalidade das pessoas defende que o aborto está relacionado com uma relação pouco consistente.

 

     Podemos também considerar que a falta de folgo financeiro das famílias determina, muitas vezes, a opção pela interrupção da gravidez, segundo os inquiridos.

 

     55% dos questionados revelam-se crentes, sendo os restantes 45% agnósticos ou ateus.

 

      A maior parte dos inquiridos considera que as inclinações religiosas da pessoa não condicionam de modo determinante o modo como vê o aborto.

 

     Cerca de 86% das pessoas acha suficiente a informação existente acerca da contracepção.

 

     55% dos inquiridos julgam que a informação oferecida na escola é satisfatória, sendo que os restantes  acham que é insuficiente.

 

     Quase metade das pessoas considera que o modo como a família encara este tema é adequado, mas ainda assim há uma grande percentagem de inquiridos que considera que o tratamento que o meio familiar dá a este tema não é satisfatório.

 

     Perante estes resultados, apurámos que existem um maior número homens a favor do aborto em relação às mulheres, acontecendo o inverso nas pessoas que são contra o aborto, pois existe um maior número de mulheres contra esta prática.